PJL-41

Six Sigma para empresas “excelentes”

Os novos métodos estratégicos de negócios: excelência e concorrência. A empresa deve concentrar-se de forma consistente no incremento de sua produção, aumentando a confiança dos clientes e a eficácia dos seus investimentos.

Prof. Gabriele Arcidiacono


Para ser excelente e competitiva, a empresa deve concentrar-se de forma consistente no aumento de sua produção, construindo a confiança dos clientes e a eficácia dos seus investimentos.

Neste cenário, “a gestão por processos” se torna uma alavanca para a busca de estratégias e objetivos da eficácia e eficiência empresarial, encontrando o melhor caminho para percorrer em termos de tempo, custos e qualidade na transformação do insumo em produção.

Neste contexto, o Six Sigma é um método de estratégia industrial que, através da análise do processo, concentrase na qualidade, no controle de custos e na racionalização de todas as fases que resultam no produto ou serviço.

Através do monitoramento constante da evolução do VOC (Voice of Customer), o cálculo sistemático dos números da empresa e o conhecimento profundo e detalhado dos seus processos internos, esta metodologia permite a abordagem das fontes de desempenho e implementação de ações focadas de melhoria.

Um dos principais fatores de sucesso do Six Sigma é o foco voltado não só para a redução de custos - especialmente os custos que não estão relacionados à qualidade, - mas também para a identificação de oportunidades válidas de melhoria. Consequentemente, um ponto fraco em um determinado processo torna-se uma oportunidade de melhoria, desde que o líder do Six Sigma e a alta administração da empresa saibam como criar aceitação adequada ao longo de toda a escada corporativa. Por isso, a escolha dos projetos certos, estruturando-os adequadamente, o envolvimento das pessoas chave, dando-lhes responsabilidade sobre determinadas ações, são fatores que ajudam a facilitar a implementação com resultados rápidos e eficazes.


O GRANDE POTENCIAL DO SIX SIGMA É PLENAMENTE EXPLORADO GRAÇAS AO RIGOR ARQUITETÔNICO DO DMAIC que, através de um compromisso justo entre a análise e a síntese - embora priorize as intervenções rápidas, a fim de gerar retornos financeiros imediatos, projeto a projeto - evita “as conclusões precipitadas”. Na minha experiência pessoal, as empresas que melhor aproveitam as vantagens da adoção do Six Sigma são aquelas capazes de finalizar os projetos individuais com pragmatismo e pontualidade (dentro de 3-4 meses). Para serem capazes de abranger toda a empresa (ainda que em graus), estes projetos não devem ser extemporâneos, mas sim realizados com certa continuidade. Por este aspecto específico, o Six Sigma é um instrumento muito válido para atingir a excelência, não só nas grandes multinacionais, mas também nas empresas pequenas e médias. O segredo está em saber administrar e construir uma estrada para prosseguir, adaptando-se às necessidades específicas da entidade em questão.


NA IMPLEMENTAÇÃO DE MODELOS DE EXCELÊNCIA EM TERMOS DE “INOVAÇÃO DE PROCESSO/PRODUTO”, no decorrer destes anos, cheguei à compreensão da necessidade real e da forte demanda das empresas por apoio nesta área.

Assim, seria desejável ter mais recursos disponíveis, especialmente na Itália, onde os investimentos são poucos (em comparação à média de outros países europeus) e onde a relação entre a economia e a universidade ainda é muito modesta (e não apenas se eu comparar isso com o que eu vivenciei pessoalmente no MIT, em Boston). Sem entrar em detalhes sobre as deficiências da situação atual, hoje coloca-se a esperança no interesse e apoio institucionais demonstrados, entre outros, também pelo Ministro da Inovação e Tecnologia Lucio Stanca. Durante o último Fórum Internacional “Innovare per Competere” (“Inovar para Concorrer”), eu pude transmitir a ele essas minhas considerações com o intuito de ver o incentivo de possíveis parcerias entre os mundos acadêmico e operacional.


PORTANTO, FICA CLARO QUE O FUTURO E O PROGRESSO DA SOCIEDADE ESTÃO NAS MÃOS DAS PESSOAS E, MAIS DO QUE NUNCA, DO “CONHECIMENTO”.

A capacidade de gerenciar competências, criar inovação, promover uma renovação cultural, reagir e prever as mudanças e melhorar a comunicação dentro da empresa são algumas das chaves para o sucesso, a fim de alcançar a excelência através do Six Sigma, uma metodologia que, na minha experiência, na General Electric de Nuovo Pignone há dez anos, e até hoje, tem evoluído não só pelo seu campo de aplicação, cada vez mais vasto, mas também pela busca em integrar e explorar melhor as peculiaridades de métodos semelhantes que são, em alguns casos, complementares. Não é por acaso que as novas fronteiras de Design & Process Excellence são chamadas de Lean Six Sigma, EFQM & Six Sigma, etc. Assim sendo, cada um de nós, com base em nossos respectivos papéis, devemos trabalhar nesse sentido...


GABRIELE ARCIDIACONO Professor na Faculdade de Ciências e Tecnologias Aplicadas da Universidade de Marconi, em Roma. Ph.D. (1997) e Professor Visitante em 2000 no MIT, em Boston (EUA). Professor e Coordenador Científico de Inovação na Escola de Negócios da Sole24Ore (Mestrado em Administração de Empresas e Gestão Estratégia Corporativa, Gestão de Operações e Cadeia de Suprimentos, Gestão de Projetos).

Como Consultor e Instrutor, ele implementou e desenvolveu o primeiro programa Six Sigma na Itália (na General Electric). Desde 1996, ele é uma referência para as grandes empresas (italianas e estrangeiras) em Lean Manufacturing, Lean Six Sigma, Design for Six Sigma, World Class Manufacturing.

Autor de 9 livros (entre os quais “Manuale per Green Belt”, publicado pela Springer, já vendeu mais de 12.500 cópias nos últimos 4 anos) e mais de 90 artigos científicos. Ele recebeu o Prêmio “Robust Engineering Award” em 2002 pela Genichi Taguchi (San Diego, CA, EUA).

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